sábado, 12 de setembro de 2020

Nem tudo caído na rede é peixe... (Pior se for na rede mundial de computadores)

Carta aberta a quem se considera pessoa pública de responsabilidade.


A triste constatação sobre a total falta de consciência de muitas das chamadas “pessoas públicas” é notável.

Os antigos “formadores de opinião” se investem da titularidade como “influenciadores” e escorregam na falta de, no mínimo, cuidado com a própria imagem.

Com o avanço veloz da tecnologia de comunicação portátil, os smartphones são ferramenta de despejar, pela rede mundial de computadores, todo tipo de mensagens e imagens.

Vai daí, o risco iminente de pouco avisadas ou, mesmo, descontroladas ou abusadas pessoas públicas enveredarem pelas trilhas do descabido pouco caso para com os cidadãos comuns.

Preciso se faz destacar ser, uma pessoa pública, conhecida por bom número de pessoas comuns e, muitas das vezes, sendo estas as financiadoras da posição pública daquelas, por conta da correta prática de pagar tributos aos cofres municipais.

Recentemente a malha mundial de comunicação pela internet recebeu um vídeo gerado a partir de um aparelho (esperamos não ser classificado como celular corporativo) pertencente a um representante do Poder Legislativo. Mesmo em momentos de lazer, o cidadão eleito para uma das cadeiras da Edilidade não se despe da titularidade recebida e juramentada por ocasião da posse.

Portando o aparelho (torçamos para não ser corporativo e patrocinado por verba dos cofres públicos quanto ao consumo mensal e, até, o próprio aparelho em si) essa figura pública transmitiu “ao vivo” (conforme afirmado no próprio vídeo), cenas de uma comemoração ao estilo carnaval ou final de Copa do Mundo com o Brasil vencendo de goleada sobre a Alemanha, desengasgando-se dos 7x1 não muito distantes...

Deboche quanto aos riscos comprovados à saúde mundial, falta de respeito para com a própria imagem pública e, se estivesse utilizando recurso comprovadamente corporativo, verdadeira falta de decoro parlamentar.

Apesar de sabermos, não à boca pequena, a pouca serventia do Regimento Interno da Câmara de Vereadores de Pindamonhangaba para os atuais representantes do povo.

Com o recurso tecnológico, um pouco de inteligência e “sacada” de marketing, essa figura pública poderia ter muito bem praticado um gesto merecedor de elogios e não de críticas. Bastaria ter se apoiado nos protocolos sanitários, orientando a todos sobre o direito de se divertirem com responsabilidade e respeito à saúde. Sem mostrar bundas, peitos e copos, festejando liberdade e pouco temor ao vírus...

Incrível é sabermos que esses cargos públicos servem, não muito raramente, como moeda de troca em tempos de eleições municipais.

 

É minha opinião.

Marcos Ivan de Carvalho

Jornalista independente, MTb36001