Carta
aberta ao nobre Povo de Pindamonhangaba.
Irmãos
nativos e adotados, de todas as idades, raças, crenças e classes:
Muitas
das vezes, durante nossa vida, indagamos sobre “quando será a hora” de alguma
coisa acontecer...
Nessa
história de só ficarmos em casa, a hora já não é mais agora. Já era! Já foi o
prazo...
O
prefeito, os vereadores e seus respectivos “cargos de confiança” não estão,
sinceramente, preocupados com o povo...
Ao
final de cada mês, reanimam sua felicidade, pois, mesmo em “isolamento social”
o sacrificado dinheiro do povo lhes cai na conta bancária e, dessa, para a
festa da boa mesa, dos bons panos, dos carros melhores...
Só se preocuparão
se houver notável queda na arrecadação municipal, combustível de fazer feliz
essa turminha passageira...
Acredito,
até, muitos deles terem seus meios de comunicação financiados pelo povo, por
meio do recolhimento dos impostos. Posso estar enganado, mas – por modelos
muito comuns em administrações municipais – isso não é difícil acontecer.
Então,
povo meu!
Ficar
em casa, sem trabalhar, sem receber e precisando planejar até a alimentação
para suportar o verdadeiro “mata leão” político que sofremos?
Melhor
é o povo com empregos, com salários capazes de aliviar o nó da garganta em todo
final de mês e nos dias de “vale”...
Melhor
é o povo entender não haver mais tempo para dar tempo de o tempo dar conta de
mudar o vento e o barco retomar sua rota...
As
coisas precisam recuperar sua dinâmica de acontecer, logicamente com mudanças
em todos os sentidos, para melhor, inclusive e muito principalmente em termos
de poder.
Há quem
se ocupa de uma cadeira, a principal, lá no casarão de vidro, dizendo ter sido
“escolhido por Deus”...
Só para
lembrar: o Deus verdadeiro não tem religião e jamais se corromperá. Seu Filho
assumiu as culpas para livrar a cara de todos os demais humanos...
Referir-se
autorizado por Deus é, simplesmente, servir-se do nome do Herói da Humanidade
para autopromover-se. Em religião, essa prática denomina-se heresia.
Existe
muita gente no mesmo pensamento, acreditando ser o nobre povo mero sustentador
da prepotência, do pouco caso e da soberba.
Importa
sabermos ser, essa turminha “no poder”, dependente do dinheiro do povo ao qual
considera simplesmente população.
A gente
simples, trabalhadora, honesta, cidadã – à qual me orgulho de pertencer – é
muito mais!
É quem,
realmente, trabalha para produzir combustível de fazer a felicidade de seus
verdadeiros inimigos...
Incrível
é sabermos o seguinte: todos os comissionados, todos mesmo, são dispensáveis.
Simplesmente por sabermos de precisarem depender do trabalho dos profissionais
de carreira. Sem estes, como ficam os “caronas” da administração?
Inteligente
será o cidadão o qual, talvez um dia, venha assumir o gerenciamento da cidade sem
fazer nomeações partidárias ou “negociadas”!
A
política pública, de verdade, começa com o respeito aos tantos trabalhadores
concursados da administração municipal.
Se o
novo prefeito quiser – e pode sim – não nomeará cargos de confiança. Basta,
irrestritamente, confiar em seus colaboradores de carreira. Estes entendem do
riscado e sabem onde fica o risco de gastar muito dinheiro do povo com quem
nada faz a não ser impedir o bom andamento da cidade.
Por
isso, já quase no final do mandato, o Festival Municipal de Maquiagem tem
início em pleno isolamento social político partidário.
O pior
vírus é a política interesseira.
O outro
pode ser mais bem controlado se houver uma completa higienização nos templos da
arrogância e da autopromoção.
Não há
mais tempo para darmos um tempo de vermos se o tempo muda a cabeça dessa gente lotada
em cargos públicos de forma desmedida e sem nenhum verdadeiro calor humano.
Aproveita
povo meu e eleva sua voz de não dar mais chances para sermos mais judiados!
Afinal
de contas, só para lembrar, quem está no comando da cidade perdeu até para os
votos nulos e em branco.
Tem
gente bem intencionada chegando de mansinho, na “mineirice”.
É preciso
avisar essa nova gente: o povo não é o mesmo de quatro anos passados...
A
tecnologia aproximou e juntou mais pessoas em cada pensamento forte e cheio de
razão.
Há,
inegavelmente, um interesse de se manter o cidadão aprisionado em casa.
Os
políticos brigam, normalmente, por espaços de aparecer.
Em
tempos de “pandemia”, os em exercício do cargo não querem dar chances de outros
virem a aparecer na mídia local... A não ser os espaços garimpados nas redes
sociais ou patrocinados...
Até
quando será preciso apenas pagar para continuar sofrendo pela falta de respeito
ao direito sagrado de ir e vir, ser e estar, pensar e falar, dançar, cantar,
festejar, abraçar, respirar, e outro
tanto de direitos “pisados” pela política interesseira, povo meu?
O
cárcere doméstico é para ninguém sair e ser, só, doutrinado pelas redes sociais
dos “representantes e defensores do povo”.
Os
maiores tombos da arrogância e do falso poder em defesa do povo acontecem quando
o povo mostra seu poder, de forma pacífica – mas firme e forte – ao ar livre,
sem amarras ou mordaças. Caminhando, cantando, gritando sua mensagem...
Não há
dinheiro capaz de comprar a liberdade das pessoas honestas.
Por
isso, o povo não precisa pagar para sofrer o descaso da administração municipal...
Se todo
cuidado é pouco, o povo está sendo tratado com pouco cuidado, pois precisa
trabalhar para viver.
O
trabalho enobrece os seres humanos.
Com respeito
e muita fraternidade,
Marcos
Ivan de Carvalho, jornalista profissional independente, MTb-36001.
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