Antes de 2021, para não dizerem ter sido muito tarde a mensagem...
(Tem espaço para quem quiser assinar também)
Aos de saída:
Temos absoluta
certeza da dívida de vocês para com a comunidade. Não a dívida de gratidão, mas
de resultados.
Simplesmente pela
falta de coerência com a proposta de nos representarem e fazerem existir
respeito aos direitos e expectativas de quem os aprovou nas urnas e do tanto restante
de seres comuns, os quais se fizeram esperançosos de sua ação cidadã em defesa
de toda uma população.
Lutar? Lutaram. Para
não ficarem fora da mídia, mesmo em não sendo fieis ao povo.
Ficarão devendo
muito, mas não se preocupem: promessa não é dívida, quando a cidadania se
descobre livre de interesses pessoais da parte de todos os senhores.
Ganharam muito,
pelo pouco produzido, e poderão se retirar da cena sem prejuízos materiais. Hão
de levar, na bagagem do inconsciente, algum possível arrependimento para se
justificarem, nos tempos de as chinelas se apresentarem mais pesadas, tornando
lentos seus movimentos. O tempo, com sua imparcial medida, lhes cobrará, tenham
plena certeza.
Daí, hão de
entender o quanto é dolorosa a espera numa fila de atendimento à Saúde, por
exemplo.
Nem terão orgulho
em mostrar, aos herdeiros, recortes de jornais ou "prints" de portais
de notícias ou redes sociais citando seus nomes. Haverá pouco de bom a ser
arquivado. Precisarão usar a memória, com muito esforço, para resgatar algum
momento no qual sua fala pelo povo bateu de frente com a negociação partidária,
interesseira, injusta, insensata e desprovida de fraternidade.
Aos “salvos pelo gongo”
Tiveram a grande
sorte de não estarem no grupo aí de cima. Mas, apesar de ficarem na embarcação,
entendam-se marinheiros de primeira viagem, haja vista nada terem realizado de
efetivo proveito ao povo. Muito lero-lero, homenagens, menções honrosas, capina
de mato, colocação de lombadas...
Derrubar o paredão
da falta de providências em benefício do povo não lhes interessou, de verdade.
Permitiram, até, a perda de milhares de amostras biológicas capazes de
estabelecer diagnósticos e orientação para a melhor saúde do povo.
Seria, esse tipo de
luta, impróprio para sua carta de apresentação? Pensem nisso, sejam mais
corajosos, libertem-se das saias da gestão e se coloquem ao lado, ou melhor, à
frente de uma população sofrida pelas pauladas da arrogância e soberba, práticas comuns nos últimos quatro anos dessa cidade.
Talvez não consigam
resgatar o tempo perdido, pois este não para, mas terão tempo de sobra para
serem mais fraternos, justos, trabalhadores. Mesmo porque, sua conta bancária
continuará abastecida por todos nós, meros trabalhadores sem direito à
imunidade parlamentar.
Entendam terem,
realmente, sido salvos pelo “gongo” e terem conseguido um "round" de
bonificação para se retratarem, pelo menos um pouco... Sua silenciosa aprovação à maquiagem
cenográfica permutada com valores maiores, a minimização das necessidades
humanas, o isolamento conveniente de não terem, em seus encontros semanais, a
presença de seus “representados” e a inconveniente (para nós) condição de não
se envolverem, efetiva e eficazmente com os verdadeiros amargores populares,
são a razão para tudo ter permanecido como ficou, até agora.
Reflitam: consertar
estragos não conseguirão, mas poderão evitar perdas maiores para a população.
Descubram a espetacular diferença que faz, na vida de qualquer figura pública,
o comprometimento com os interesses coletivos. Fica a dica.
Ao “repescado”
Você mudou de lado.
Foi pelo povo ou por motivos de força maior, se é possível existirem em
detrimento às necessidades coletivas?
Conhece muito de
legislar. Por “tempo de janela”, conhece a praia e os caminhos da vereança.
Saiba merecer essa oportunidade, apesar de ter – aparentemente – já caído na
sedução do “Canto da Sereia”. Cuide para não ser dominado por esse encanto...
Aos novatos:
Agora a porca torce
o rabo, seu Zé!
Coloquem, em seus
gabinetes, a foto da família.
Não se escudem em
imagens de sua crença, mas se motivem com a família. A fé precisa transcender ao
imaginário, mesmo porque o Estado se faz laico para haver igualdade.
Entendam ser
necessário esse momento de levar, em seu dia a dia, a cara de quem vocês
representam por consanguinidade ou afeto verdadeiro. Não os decepcionem.
Seus ganhos serão
resultado de suor e calos e cansaço e lágrimas e sofridas escolhas, por parte
dos cidadãos comuns. Enquanto estes recebem parcos pagamentos mensais, os
senhores terão gorda conta bancária; cartões de crédito; possibilidade de
empréstimos consignados sem aval e com desconto em folha; tecnologia de
comunicação corporativa sem custo; assessores nem tanto técnicos, por serem de “extrema
confiança”; autoridade para criar leis, muitas delas nem tão favoráveis ao
coletivo e darem aprovação a caprichos administrativos...
Sua água mineral,
seu café, seus biscoitinhos, seu ventilador, seu computador e até o papel de
sua higiene pessoal serão patrocinados pelo povo.
Não joguem as
esperanças de todos no mesmo cesto deste descarte fecal...
Façam a diferença,
trabalhando, pelo menos, mais um dia por semana, com as portas da Casa de Leis
abertas, assim como seus ouvidos e corações, para a participação do povo de
Pindamonhangaba. Até mesmo formalizem a Tribuna Livre com mais tempo e a
incluam no protocolo comum de todas as sessões ordinárias. Sem a necessária
consulta ao plenário. O cidadão precisa ter voz, sim, para lhes despertar,
constantemente, o motivo de estarem no Legislativo.
Marquem seu nome na
história, de forma clara, decente, brilhante e sem maquiagens ilusórias. Vocês têm o Poder conquistado. Também são meros mortais e as páginas da história não
se ocupam, muito, com exemplos ínfimos de respeito e dignidade. Vale manterem o
propagado e ostentarem essa proposta com o custo da própria vida: defender o
povo.
Essa tarefa, aliás,
não compete só aos profissionais das Forças Armadas e, sim, a todos quantos se
proponham, sob juramento formal, dar proteção e respeito ao povo todo existente
debaixo do mesmo pavilhão sagrado que é a Bandeira Brasileira.
Leis lhes serão luz
de fazerem a fala certa, honesta, imparcial e proba.
Esperamos terem pleno
conhecimento da Constituição Municipal e do Regimento da Câmara de Vereadores.
Não tenham esses textos como berloques em suas falas ou mera decoração em suas
estantes.
A todos:
“O futuro será
consequência da nossa alienação ou da nossa consciência” (Gilberto de Castro
Rodrigues, poeta, psicólogo e bacharel em Direito).
Assino, sim:
Marcos Ivan de
Carvalho,
Jornalista
Independente, MTb36001/SP
Filho adotivo da
querida linda Pindamonhangaba.