Entretanto, vez em
quando passeio os olhos em postagens contidas na página de minha mulher.
Na manhã desta
primeira segunda-feira de 2021, encontrei um texto postado pelo estimado amigo
Arthur Ferreira dos Santos.
Texto curto, um
verdadeiro discurso de chamar a atenção. De todos, não só das autoridades
constituídas.
Dirigido
frontalmente à meditação, num questionamento pela ausência de “providências
cabíveis”, conforme – muitas vezes – informam as autoridades quando
questionadas por medidas capazes de, pelo menos, minimizar problemas.
Infelizmente quando os “problemas” são na área social, pouco ou quase nada é feito por iniciativa ou prerrogativa dos poderes responsáveis.
Simplesmente por alegarem falta de
recursos suficientes capazes de humanizar os direitos de uma grande parcela da
população atirada às gavetas do esquecimento.
Alegam, muitas
vezes, os senhores detentores do poder (leia-se “desfrutadores” do poder) o
necessário respeito aos desejos de cada indivíduo, não sendo possível a
utilização da coerção para assistir aos menos favorecidos, retirando-os da rua,
encaminhando-os para algum tipo de abrigo.
É assunto
discutido há muito tempo, com poucas soluções.
Porém, respeitáveis
senhores do poder Executivo e do Legislativo, antes de serem investidos em seus
cargos, tenho absoluta certeza de – em algum momento da vida – cada um de vocês
sentiu frio, fome, dores, molhou-se de chuva, precisou de um abrigo para dormir...
Agora, com um
considerável bom ganho mensal, auferido do suor de tantos anônimos trabalhadores
e, até, moradores de rua os quais também precisam comprar algum biscoito, pão,
uma quentinha (quando nada disso lhes surge das sobras do lixo de muitas
pessoas ou restaurantes) saberiam vocês como dedicar um pouco de seu trabalho
na construção de tempos melhores para esse povo todo?
A caridade é
recomendação Bíblica, seta de indicar a salvação para muitos... Independe de
religião, carece de atitude, não das miseráveis palavras de lamúria ou
precárias promessas não cumpríveis.
Fica o texto do Arthur, para entenderem como é triste dormir na rua, cheirando o chão por onde muitos pisam e, até, se desviam prendendo a respiração:
“Enquanto houver
pessoas, dormindo embaixo da marquise, na calçada da Igreja Universal, em
frente à Praça Dr. Emílio Ribas e ao lado da Igreja São Benedito, alguma coisa
está errada...”.
Então, é isso,
caríssimas autoridades...
Marcos Ivan de
Carvalho
Jornalista
Independente, MTb36001