segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Caríssimos prefeito, vereadores eleitos, repescados e alguns dirigentes religiosos de Pindamonhangaba:

Não tenho página na rede social Facebook.

Entretanto, vez em quando passeio os olhos em postagens contidas na página de minha mulher.


Na manhã desta primeira segunda-feira de 2021, encontrei um texto postado pelo estimado amigo Arthur Ferreira dos Santos.

Texto curto, um verdadeiro discurso de chamar a atenção. De todos, não só das autoridades constituídas.


Dirigido frontalmente à meditação, num questionamento pela ausência de “providências cabíveis”, conforme – muitas vezes – informam as autoridades quando questionadas por medidas capazes de, pelo menos, minimizar problemas.

Infelizmente quando os “problemas” são na área social, pouco ou quase nada é feito por iniciativa ou prerrogativa dos poderes responsáveis.


Simplesmente por alegarem falta de recursos suficientes capazes de humanizar os direitos de uma grande parcela da população atirada às gavetas do esquecimento.

Alegam, muitas vezes, os senhores detentores do poder (leia-se “desfrutadores” do poder) o necessário respeito aos desejos de cada indivíduo, não sendo possível a utilização da coerção para assistir aos menos favorecidos, retirando-os da rua, encaminhando-os para algum tipo de abrigo.


É assunto discutido há muito tempo, com poucas soluções.


Porém, respeitáveis senhores do poder Executivo e do Legislativo, antes de serem investidos em seus cargos, tenho absoluta certeza de – em algum momento da vida – cada um de vocês sentiu frio, fome, dores, molhou-se de chuva, precisou de um abrigo para dormir...


Agora, com um considerável bom ganho mensal, auferido do suor de tantos anônimos trabalhadores e, até, moradores de rua os quais também precisam comprar algum biscoito, pão, uma quentinha (quando nada disso lhes surge das sobras do lixo de muitas pessoas ou restaurantes) saberiam vocês como dedicar um pouco de seu trabalho na construção de tempos melhores para esse povo todo?


A caridade é recomendação Bíblica, seta de indicar a salvação para muitos... Independe de religião, carece de atitude, não das miseráveis palavras de lamúria ou precárias promessas não cumpríveis.


Fica o texto do Arthur, para entenderem como é triste dormir na rua, cheirando o chão por onde muitos pisam e, até, se desviam prendendo a respiração:

“Enquanto houver pessoas, dormindo embaixo da marquise, na calçada da Igreja Universal, em frente à Praça Dr. Emílio Ribas e ao lado da Igreja São Benedito, alguma coisa está errada...”.

 

Então, é isso, caríssimas autoridades...

 

Marcos Ivan de Carvalho

Jornalista Independente, MTb36001